A palavra Wabi-Sabi pode nos ajudar a definir muitas coisas. Cada vez mais notamos uma mudança comportamental quanto à construção e planejamento arquitetônicos e/ou de design de interiores. Sejam eles residenciais ou comerciais: o tal do estilo rústico. É parede de tijolo aparente, piso de madeira “rústico” (isto é, sem um padrão – ao menos à primeira vista), mesa de madeira sem acabamento, banco de pedra etc.
Mais interessante é notar que esse estilo não é apenas “rústico” e, também, que ele não é tão simples quanto um acabamento cru ou a falta de acabamento proposital. Ele é um conceito chamado Wabi-Sabi e veio do Japão. Ou seja, o termo reúne dois conceitos japoneses diferentes, o Wabi (beleza transcendental produzida por imperfeições sutis) e Sabi (beleza que vem com o tempo). A estética não é desordenada, ela apenas tem uma ordem natural.
Objetos e ambientes que representam naturalidade, simplicidade e imperfeições sutis produzem uma estética mais profunda e mais repleta de significados. A “mesa de fazenda”, por exemplo, pode se apresentar como uma mesa de madeira maciça, pesada, com pouco acabamento. Uma tábua de cortar alimentos torna-se mais atraente quando se nota os cortes na madeira e talhos com a faca com o tempo de intenso uso. Eu costumo brincar em casa e dizer que nada se quebra ou suja, mas sim “cria história”.
Essa “história” é, na verdade, uma visão estética cuja essência é aceitar o tempo e a imperfeição. O belo que é “imperfeito, não permanente e incompleto”. As principais características deste estilo são a assimetria, aspereza (irregularidade ou rugosidade). Assim como a simplicidade, economia, austeridade, modéstia, intimidade. Também a valorização íntegra e ingênua de objetos e processos naturais.
Um exemplo muito interessante é com a gastronomia.
De uns anos para cá os programas passaram a sair do formato live show em cozinhas modernas para ambientes que remetam à casa, à culinária familiar e, principalmente, despretenciosa. Nigel Slater cozinha em uma edícula no meio de uma horta caseira. Rodrigo Hilbert não se satisfaz em fazer apenas a comida e também talha a mesa, os móveis, caça o animal, planta os legumes e tudo isso sem perder a pomada seca para cabelo. Letícia Massula utiliza um ambiente bastante intimista recebendo convidados em um balcão que oferece a maravilhosa vista e oportunidade de ver a comida sendo preparada. Bill Granger utiliza uma cozinha minúscula que, aparentemente, é sua própria casa (com isso, expressando intimismo, conforto e familiaridade). Mesmo que a cozinha seja locada especialmente para o programa, a experiência emocional está presente.
Mas e no design?
Aí passamos para o estilo vintage que, sinceramente, está começando a cansar. Digo isso porque, no começo, foi muito inovador e inspirador ver board no Pinterest com identidades visuais que mostravam o contraste do moderno com o artesão. Como por exemplo um MacBook lindo e prateado em cima de uma mesa de madeira rústica. Artisticamente é elegante, atrativo, desperta um tipo de emoção mista, porém muitos estão utilizando sem sentido algum. No mesmo exemplo vem a pergunta: “Por que um MacBook está em cima da mesa de madeira sem qualquer planejamento para esconder os cabos?”
Ainda no Pinterest encontrei um board de design de interiores, especialmente escritórios, com lindas mesas rústicas de madeira no meio de um ambiente moderno. Uau, lindo. Mas eu tive a experiência de planejar o ambiente de um escritório e comecei a perceber detalhes que ninguém percebe, como por exemplo como que eu vou carregar meu notebook em uma mesa de madeira? Quando a importância passa a ser mais a foto no Instagram do que a funcionalidade, o design morre um pouco.
Como tudo isso pode ajudá-lo a criar um estilo Wabi-Sabi? Lembrando que o rústico, incompleto e imperfeito possuem uma característica muito forte e comum: propósito. Seja no design de produto, na concepção de uma identidade visual ou na decoração de sua casa. É sempre importante lembrar da razão de ser e, também, do princípio básico do design, forma segue função. Tudo bem umas ranhuras aqui ou ali. Uma parede descascada ou um detalhe artístico no material corporativo que remeta ao natural, mas cuidado com exageros. Aliás, de exagero não existe nada no raciocínio criativo japonês.
Somos o MonkeyBusiness: Estúdio de Motion Design! Produtora de Vídeo, Estúdio de Animação e Agência de Apresentações Criativas. Apaixonados pelo poder de comunicação do Motion Design e especialistas em Apresentações Profissionais.
Conte com o MonkeyBusiness. Somos um estúdio de Motion Design completo. Uma Produtora de Vídeo de São Paulo. Um Estúdio de Animação. Uma Agência de Apresentações criativas.
Temos times de atendimento, planejamento, roteiro, direção de arte e motion design especialistas. Todos eles dedicados a criar vídeos, animações e apresentações. Com o objetivo de transformar conteúdo corporativo em audiovisual. Estamos prontos para trabalhar no seu próximo projeto em Motion Design. Seja ele em vídeo, animação ou apresentação. Clique aqui e vamos falar sobre sua próxima animação, vídeo ou apresentação!
MonkeyBusiness: seu estúdio de animação. Produtora de vídeo. E agência de apresentações criativas
Estúdio de animação. Produtora de vídeo. Agência de apresentações criativas com Motion Design. Acreditamos na estratégia, roteiro e motion design para uma comunicação mais eficiente, inteligente e, logicamente, animada. www.monkeybusiness.com.br. Veja mais nos nossos canais do Vimeo e Youtube.