O jornal Financial Times de ontem veio com um artigo do colunista Tim Harford em defesa do Powerpoint. Tim é responsável pela coluna intitulada “The Undercover Economist”. E nos deixa felizes com os elogios ao software. Pois é difícil vermos pessoas levantando bandeiras a favor do PowerPoint. Por exemplo, o mais fácil é criticar, começar Partidos Anti PowerPoint, etc. Enfim, todos querem evitar as apresentações ruins, mas poucos sabem como fazer. Vamos ao artigo de Tim, numa tradução e síntese livres:
O argumento usado frequentemente para o banimento do software é simples. Muitas apresentações de PowerPoint são ruins. Isso é verdade. Certamente a maior parte são de apresentações ruins. Mas dificilmente esse fator justifica uma proibição. Ferramentas podem (e vão) produzir resultados terríveis nas mãos erradas. Qualquer pessoa que já tenha me visto instalando prateleiras pode atestar a proibição da chave de fenda. E esse não é o caminho.
E o mesmo acontece com o PowerPoint. Ele é um frequente exemplo de mal uso. Reflita: Todas as apresentações ruins de PowerPoint que fomos forçados a assistir, teriam sido apresentações ruins em qualquer caso, com qualquer ferramenta. Muitos leitores se lembrarão da vida corporativa antes de PowerPoint, e ela não era um paraíso.
O Powerpoint como software intuitivo: o começo das apresentações ruins
O PowerPoint não é o grande nome do mundo dos softwares. Afinal, seus clip-arts bregas e as animações exageradas contribuíram para isso. No entanto, apesar de todas as suas falhas, o PowerPoint executa duas tarefas úteis bem o suficiente. Enfim, ele permite a composição de notas de apoio e a criação de slides ilustrados com imagens e gráficos. O problema começa quando as pessoas confundem essas duas funções. Aí temos o embrião das apresentações ruins.
Não há nada de errado em criar notas para nos auxiliar na hora do discurso. E o PowerPoint é uma ótima maneira de se fazer isso. Para a grande maioria dos apresentadores, essas notas são essenciais para que se lembrem do discurso e do fluxo de informações. A maioria prefere ter tudo programado e escrito ao invés de improvisar com o seu tema. O problema é que muitos oradores decidiram projetar suas notas na parede. E jogar essa responsabilidade ao Software e o ônus de estar assistindo a essa monotonia ao público.
Finalmente, o segundo uso do PowerPoint é projetar recursos visuais na tela. E isso ele faz muito bem (e vamos colocar aqui que o clichê clip-art está quase extinto). Assim, as pessoas já começam a se preocupar em se diferenciar, em ter imagens mais bonitas, pegar emprestado cartoons de Dilbert, ou fotos da web. Resulta em um efeito é muito mais agradável. Seria melhor se as pessoas aprendessem um pouco sobre fontes, mas não se pode ter tudo.
A condenação do Powerpoint
Tim menciona uma condenação famosa do PowerPoint pelo designer de informações Edward Tufte. O professor Tufte ataca o PowerPoint em parte por sua “incansável sequencialidade, um slide depois do outro.” E, em parte, pela relação assimétrica entre o falante e “seguidores”. No entanto, Tufte não reconhece que atacar esses pontos é simplesmente atacar a idéia de falar em público em si. O que poderia ser mais implacável do que um discurso sequencial? Uma palavra na frente da outra, uma idéia na frente da outra. E isso não faz apresentações ruins.
Concluindo, o verdadeiro problema das apresentações ruins é muito mais preocupante. Seja em um ambiente corporativo, ou em um acadêmico, somos convidados a ler histórias de pessoas que não sabem escrever. Assim como assistir performances de pessoas sem talento para apresentar. Por alguma razão esses amadores são melhor remunerados do que a maioria dos escritores e artistas. Há algo deprimente sobre tudo isso, mas a culpa não pode ser dada ao PowerPoint.
A conclusão do MonkeyBusiness
Gostamos muito do artigo, e gostamos mais por que concordamos com as idéias de Tim sobre esse assunto. Podemos dividir as acusações do PowerPoint em duas partes: A primeira que o culpa pela execução de péssimas apresentações (como Tim disse, de nos passar histórias escritas por que não sabe escrever). E a segunda que o culpa por utilizar-se de padrões que são fundamentais para o processo de apresentação. E o principal padrão atacado é a linearidade. Mas quem disse que essa linearidade de informações não é boa? Quando você precisa defender uma idéia, você estrutura argumentos, e a ordem deles faz toda a diferença. Portanto, linearidade conta sim! E acreditamos que ela seja indispensável.
Artigo publicado pelo jornal Financial Times no dia 25 de julho de 2011. Você pode ver o artigo completo e em inglês no site do Tim Harford aqui.
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