Motion Storytelling: contando histórias através de ilustrações

Alguns estudiosos dizem que o nos diferencia dos outros animais é a capacidade de contar histórias. Somos humanos porque temos recursos suficientes, como a linguagem e a escrita, para compartilhar com o mundo nossas histórias, sejam elas reais ou fictícias. Começamos ao redor de fogueiras e chegamos no motion storytelling.

Os primeiros registros da presença de histórias datam de muito (mas muito mesmo) tempo atrás.

Esse é o caso da arte rupestre, a arte desenvolvida pelos nossos ancestrais mais próximos: os homens das cavernas. A arte rupestre foi uma forma de contar história através do desenho. Os homens das cavernas ainda não sabiam a arte de papel, mas eles deixaram sua marca utilizando tinta mineral e pintando contos nas paredes de cavernas com desenhos simples, mas cheios de força e personalidade.

Ao longo dos anos, a humanidade foi evoluindo e a sua forma de contar histórias também. Até chegarmos no motion storytelling

Primeiro veio a história oral, com as suas grandiosas epopeias contadas a luz de fogueira.

Depois, veio a escrita e os livros de literatura. Os livros foram, por muito tempo, os grandes “armazenadores de histórias”. As bibliotecas foram criadas, não apenas para organizar uma grande quantidade de conhecimento, mas também para resguardar histórias fictícias de todos os tipos. A escolha, pelo ser humano, de preservar livros em bibliotecas nos mostra como a história é importante para nós.

Durante o decorrer das eras, novas formas de contar histórias foram surgindo.

O cinema revolucionou a forma com que contávamos histórias. Agora, nós poderíamos utilizar imagens e aproximar, ainda mais, o que nós estávamos contanto do real.

Dessa forma, a verossimilhança sempre teve um papel importante no momento de construir histórias. Portanto, ao desenvolver peças de ficção, nós podemos edificar um espaço completamente imaginário, mas é preciso que esse mundo tenha regras dentro de si mesmo, como o nosso mundo as tem. Essas regras são o que nos fornece verossimilhança.

Aristóteles já havia escrito sobre ela em seus livros e, no momento da construção do legado audiovisual, a verossimilhança estava mais em pauta do que nunca. Então, começaram-se a retomar os debates sobre a importância de construir mundos próximos do real para manter um sentimento de verdade e criar uma conexão humana com aquilo que estávamos assistindo.

Após o descobrimento do cinema, temos o aparecimento da animação 2d.

Esse novo tipo de formato foi construído utilizando conceitos oriundos do audiovisual: ao invés de fotos que rodavam 24 quadros por segundo, a animação propunha desenhar cada quadro. O resultado dessa “brincadeira” era uma ilusão de movimento em desenhos em um papel.

Dessa forma, a animação se mostrou um meio de comunicação inovador. Afinal, os seus limites eram quase inexistentes.

Existia (e ainda existe) um sentimento muito grande de liberdade ao animar: apenas um lápis, um papel e uma câmera e o desenhista poderia fazer homens voando e castelos nas nuvens. Os filmes de Walt Disney são espetaculares para entendermos como essa verossimilhança animada se construiu. O mais clássico exemplo é o filme Rei Leão que deu vida, pela primeira vez, a leões, criando uma identificação humana real com esses animais.

Com a invenção do computador, a animação não foi deixada de lado. Ao contrário, ela ganhou ainda mais força e se mostrou um ótimo aliado do storytelling digital: o motion storytelling.

Hoje em dia, muitas empresas ainda ignoram a força da animação como meio.

Por que será?

Há uma falsa informação muito presente no imaginário da população de que animação possui um tom infantil. Isso acontece porque, durante muito tempo, o foco das animações cinematográficas eram, de fato, o público infantil. Mas isso não precisa ser um fator delimitador para a animação.

Um meio tão diverso não deveria ser tão limitado. Vivemos o motion storytelling todos os dias aqui no MonkeyBusiness. E conseguimos produzir com eles todo tipo de visual, sentimento e ideias. Enfim, não é porque é ilustrado que é infantil. O motion storytelling é bastante plural, e pode ajudar na comunicação da sua empresa.

Se você acha que a animação é infantil, que tal usar um traço diferente de desenho? Ou um estilo de animação um pouco mais sóbrio? Ou quem sabe, abraçar de vez o mundo lúdico que a animação propõe e entrar de cabeça nessa nova forma de expressar as nossas histórias.

Nós estamos aqui para te ajudar a ser um motion storyteller. O ser humano gosta de histórias e é sempre bom testar novas formas de conta-las.