Em primeiro lugar, falamos muito em Storytelling em apresentações e como fazer um Storytelling. Participamos das aulas de Storytelling da ESPM para ensinar como apresentar no formato Storytelling. E para isso discutimos várias técnicas, mas como início, é importante que conheçamos uma das base do storytelling em apresentações, e uma técnica muito legal é a Kamishibai, original do Japão. Vamos falar mais dela:
Kamishibai é uma forma de se contar histórias com um apoio visual, que combina o uso de ilustrações com a narração do seu apresentador. Ou seja, praticamente o estilo que seguimos de Storytelling em apresentações aqui no MonkeyBusiness. A saber, o nome vem das palavras Kami (纸), que significa papel, e shibai (芝 居), que significa drama.
A forma de Kamishibai que usamos hoje, acredita-se ter sido desenvolvido em torno de 1929 e foi um meio de transmissão de mensagens bastante popular na década de 30 e 40. Mas que acabou sendo esquecida com a cultura de televisão, que começou na década de 1950. Por exemplo, um Kamishibai precisa de um apresentador que se posiciona ao lado de uma pequena caixa de madeira (com formato de tela de TV). E com 12 a 20 cartões de papel que caracterizam os elementos de cada história.
O apresentador muda o cartão, variando a velocidade da transição para coincidir com o fluxo de informações da história que está contando. De fato, os melhores apresentadores Kamishibai não leem a história. Mas sim mantêm os olhos sobre o público, exatamente como hoje. Afinal, bons apresentadores não leem suas apresentações. Ou seja, esse ponto é crucial para o sucesso da técnica Kamishibai. Uma vez que a interação com o público e a participação é fundamental para a transmissão da mensagem.
Para entender melhor a técnica, veja o vídeo abaixo do Mestre Yassan. Ele é considerado um dos melhores apresentadores Kamishibai de todos os tempos. Preste atenção no ritmo de mudança dos cartões e de como Yassan conta a sua história no ritmo certo para que o público não perca a atenção. Mesmo sem entender japonês, conseguimos perceber a história.
Direção de arte simples e objetiva:
Mesmo o Kamishibai sendo uma forma de narrativa com apoio visual originada a mais de oitenta anos, os ensinamentos dessa técnica podem facilmente ser aplicadas às nossas apresentações de hoje. E assim como uma apresentação Storytelling, os Kamishibai são pensados como as cenas de um filme. São imagens pensadas para serem vistas apenas por alguns momentos. E por esse fato a técnica se adequa tão bem a conteúdos mais claros e objetivos. Por essas e outras, que fica imaginar a aplicação do Kamishibai nas nossas modernas apresentações. Portanto, vamos a algumas lições sobre o Kamishibai:
01. Direção de Arte impactante
A direção de arte das apresentações Kamishibai são fortes, coloridas, com bastante contraste e fontes pesadas. Assim fica mais fácil de ver para um grande público. Essa abordagem de direção de arte impactante é diferente de livros ilustrados nos quais podemos notar mais detalhes. Já que foi projetado para ser visto por um leitor individual. Da mesma forma, muitos detalhes visuais acabam não sendo apropriados para a maioria dos contextos de apresentação. Já que esses detalhes são muito difíceis de se ver, e acabam aumentando o tempo da apresentação.
02. Direção de Arte estourada nos cartões
Numa apresentação Kamishibai, o cartão é preenchido inteiro e muitas vezes com o fundo limpo. Isso permite que os elementos principais possam se destacar. Geralmente o fundo é apenas uma cor chapada, sem luz e sombra. No caso do uso de elementos, é comum que eles sangrem para fora da borda da caixa de madeira. Assim eles ficam com partes escondidas.
Com isso, os nossos cérebros completarão automaticamente os pedaços dos elementos que não vemos. Isso faz com que as imagens pareçam maiores e mais simples. Além disso, prende a atenção do público, que se sentirá tentado a autocompletar as imagens.
03. Efeitos visuais
Os efeitos visuais usados em apresentações Kamishibai não são apenas um enfeite, eles são uma parte necessária do show. O ritmo da troca dos cartões é essencial para o andamento da história. A velocidade com que os contadores de história Kamishibai trocam seus cartões dá ritmo e prende a atenção do público. Dessa maneira, o narrador decide quando o foco estará sobre ele e quando o foco está nos cartões, no seu apoio visual.
Sinergicamente, isso gera um equilíbrio entre o visual e a narrativa a partir do ponto de vista da audiência. Hoje, nós defendemos o uso das animações somente quando elas são necessárias para a transmissão de uma mensagem na apresentação. E mesmo assim, quando utilizadas, apenas as animações mais simples.
04. Narrador + Apoio Visual = Sucesso
Kamishibai é diferente de livros de história com imagens e ilustrações. Isso se dá exatamente pelo fato do orador. A apresentação por sua própria natureza, omite muitos detalhes visuais e inclui apenas os detalhes que são necessários para contar a história de forma clara. E garantir que o seu andamento seja o melhor para o tema.
Um Kamishibai, assim como um TED Talk, utiliza recursos visuais para ampliar o significado e melhorar a passagem de informações.
05. Faça a sua apresentação participativa.
Sabemos que, numa apresentação, para gerar engajamento do público, conexões ainda são a chave. O mais legal de tudo isso é que os grandes apresentadores Kamishibai são mais velhos. Então, mesmo com essa distância, conseguem deixar as crianças envolvidas na execução. O Kamishibai, assim como as apresentações, não é um formato passivo como a TV.
Em outras palavras, um bom Kamishibai gera respostas da audiência, e interage com suas reações (alguma relação com os bons apresentadores de hoje?). Curiosamente, alguns mestres Kamishibai da década de 1950 observaram que as suas audiências mais jovens tornaram-se gradativamente menos envolvidas e ficaram mais passivas. Isso ao mesmo tempo que a TV foi tornando-se mais popular. Assim, essa geração passou a ver histórias apenas sentando na frente do conteúdo ao invés de se envolver com ele.
Hoje, porém, sempre que possível, devemos procurar fazer nossas apresentações tão participativas quanto o contexto permitir. Esta é a verdadeira lição dos mestres kamishibai, que podemos levar toda vez que apresentarmos. No entanto, podemos aplicar a técnica também em vídeos e animações. Como essa abaixo que fizemos para a Doril:
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